domingo, 29 de abril de 2007

Tédio Metropolitano

Tédio Metropolitano

Tenho medo dos meus finais de semana serem tediosos.
Nem sempre. As vezes são como ontem, por exemplo.

Ainda não sei se você existe, ou se é apenas um conto de fadas.
Após a garrafa de vinho?

Adoro Contos.
Adoro Fadas.

*Colaboração Lilica Amorim

Amor à moda da casa

Amor à moda da casa

Entrada...

Antes de sentarmos à mesa
Sirva-me um pouco mais da sua beleza

Já que és tão inteligente
Sirva-me mais das suas palavras

Já que estamos a sós
Sirva-me um pouco mais dos seus segredos

Já que estamos tão próximos
Sirva-me mais do seu sorriso

Agora que está mais à vontade
Sirva-se mais de mim, da minha boca, dos meus abraços e...

...

Agora que estamos aqui
Vamos fazer deste momento o prato principal

Sente-se, tal como você,
O vinho está maravilhoso...

terça-feira, 24 de abril de 2007

Porra!! Eu quero e mereço respeito!

Os conservadores que, por ventura, estiverem lendo este texto, que me perdoem.
Mas para mim basta! Não consigo me calar vendo e ouvindo estes loucos enxovalharem a mim e toda uma nação.

Não vejo mais saídas para afrontar e banir o velho “crime de colarinho branco”.
Nem mais nos juízes podemos confiar, quanto mais esperar que eles exerçam a punição.
Aliás, a palavra “punição’, dentro do congresso deve significar “cafezinho”. “O Ministro Paulo Medina está envolvido com a máfia do jogo ilegal... Ih! Vai ter que tomar um cafezinho”.

E como se já não bastasse a impunidade que assola a administração pública no Brasil, agora me aparece um tal bispo-senador, Senhor Marcelo Crivela, propondo ao senado uma alteração na Lei Rouanet, que incentiva o apoio a projetos culturais, passando a incluir as práticas religiosas como evento cultural, tendo assim, direito a estes incentivos.

Ora! Eu quero propor um alto e satisfatório “VAI TOMAR NO CÚ”, para todos os políticos cara-de-pau, que não têm o mínimo de senso do ridículo, e que acham que 100% da população é idiota.

Receita para se matar um herói

Receita para se matar um herói

Não consigo mais olhar nos olhos dos meus heróis.
Eles estão cegos!

Não consigo mais ouvir os segredos dos meus heróis.
Eles estão mudos!

Não consigo mais pedir socorro aos meus heróis.
Eles estão surdos!

Onde foram para os super-men? As duplas dinâmicas?
Só restaram os curingas e pingüins.

Não consigo fazer meus heróis compreenderem a real situação de perigo do nosso povo.
Eles “emburreceram”!

Onde estão nossos heróis, enquanto morremos de fome, de tiro e de outros tantos inimigos?
Eles enriqueceram!

Chega de construir heróis!
O fim de todos eles é virar vilão.

*Texto dedicado à antítese que trocou a ideologia por cuecas abarrotadas de dólares.

sábado, 21 de abril de 2007

Quem tem medo do lobo mau?

Quem tem medo do lobo mau?

Já fazia algumas semanas que havia abandonado este pequeno lar.
Não que me faltem palavras, mas a busca pelo dinheiro ainda não me permite viver apenas falando o que penso.

É justamente sobre “falar o que se pensa” o meu tema de hoje.
Num recente seminário em São Paulo eu percebi o quanto as pessoas tem vontade de fazer isso.

Profissionais bem sucedidos discutiam e apresentavam aos não tão bem sucedidos assim, a “real” situação do mercado da moda brasileira. Uma coisa curiosa acontecia ali. Tinha um enorme ponto de interrogação sobre aquela sala: Se o Brasil é promissor, tem criatividade, talentos, etc, etc, etc... Porque pouca gente investe aqui? Porque é tão difícil expandir, exportar, se manter em pé e crescer?

Um dos palestrantes, um tal Xavier, presidente de um grupo de agenciador de investimentos, uma espécie de “caçador de tesouros” para banqueiros, disse que seus clientes têm U$ 60 bilhões para investir em empresas de moda.

Ora, se os gringos tem tanto dinheiro e nós temos tantos talentos, porque eles não investem aqui? O caça talentos que ali estava, engasgou, titubeou e por um minuto quase falou a verdade, o que ele e o resto do mundo realmente pensam mas talvez por medo do “lobo lula mau e todos os seus chapeuzinhos vermelhos”, evitam de dizer e ficam gaguejando até o tempo esgotar.

A verdade é bem clara. Quem é que vai por U$ 60 bilhões em um país onde a corrupção é a palavra de ordem dentro da administração pública? E pior, o cabeça da quadrilha ainda é aclamado por um povo ignorante que o toma por vítima. Basta ligar a televisão para ver que aqui, tudo se esclarece e nada se pune. Somos uma mistura de piada interna e indignação externa. Somos geridos por uma estirpe de semi-analfabetos que só aprenderam a subtrair e a mentir pro resto dos analfabetos completos.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

A Táta e a Barata

A Táta e a Barata

Corre miúdo
Nem barulho a disgramada fais
Mas quando aparece,
Quem vê logo um gritero fais

Uns dizem que esse bichinho
Até de bomba atômica sai.
Tem gente doida lá pra cima que até de comida fais.

Mas a Táta lá dos pampas,
Que em qualquer cunversa num cai,
Disse que esse bichinho só si fais.
Enfrenta gente grande, pára, mexe as anteninhas,
E, enquanto todo mundo grita,
Ela ri é por dimais...

domingo, 1 de abril de 2007

Pão & Circo

Pão & Circo

Uma vez algum figurão de uma das nossas histórias disse uma frase mais ou menos assim: “o povo precisa apenas de pão e circo”. Talvez ele tenha razão, com exceção do “apenas”.

Eu não sei se foi nesse momento que se instituíram os espetáculos gratuitos. Ultimamente tenho feito um tour cênico pela cidade de Porto Alegre, cerca de três peças por final de semana, todas gratuitas.

Duas coisas me chamaram muito a atenção. O amor dos produtores e atores das peças que eu vi, pois só com amor eles conseguiriam fazer trabalhos tão bons e sem recursos, e a quantidade de gente a espera de uma senha para poder desfrutar desse amor.

Parabéns a estes personagens da célebre frase do personagem histórico. Parabéns ao povo por não ter vergonha de querer pão e circo.

*Destaques: “A Salamanca do Jarau”, “A Missão” e “A Dama do Lotação”...

Só sei que é assim

Só sei que é assim

Eu te quero sem saber como e quanto,
Nem quando e nem onde.
É tamanho o meu querer que não sei, sequer, onde ele começou.
Num bar, num sorriso, num copo de vinho ou num soneto de piano.
Não sei onde isso vai parar, nem sei se isso vai parar.
Eu te quero assim, por que só conheço essa forma de querer.

Afim de mim

Afim de mim

Eu quero ser bombeiro quando crescer
Eu quero apenas ser alguém quando crescer
Eu quero ter o direito de ser alguém mesmo sem crescer

Anjo rasgado

Anjo rasgado

Vejo crianças sendo adultas
Vejo crianças sendo vítimas
Trabalhando em esquinas, ruínas e bares...
...Ahh, os bares...
Bebo e esqueço tudo que vi
Acordo e vejo tudo novamente
Não quero sair de casa para não ver
Trancado num lugar qualquer eu ouço um grito ensurdecedor
Tio! Tem uma moeda??