Viver é um treco engraçado.
A vida... é um monte de outras vidas.
Como uma série da televisão.
Algumas são chatas, outras divertidas, intensas, dramáticas, tristes...
Tudo começa com um gozo...
Depois um choro, alegrias, amores, frustrações, aventuras, delírios...
E como numa festa, aos poucos,
Os viventes vão saindo... saindo... sain...
Até que chega a sua vez...
Quem disse que o corpo é uma máquina perfeita e sincronizada?
Cada pedacinho dele tem sua própria identidade.
Cada parte reage de uma forma aos acontecimentos.
Vejamos um exemplo bastante comum entre as pessoas, a PAIXÃO!
O corpo do sujeito – ou da sujeita –, quando se apaixona muda como se mudasse de casa.
O cérebro passa a reagir mais lentamente,
Os olhos brilham e piscam demorados,
O coração, ao contrário, caminha mais rapidinho.
A boca aumenta de tamanho pelos sorrisos soltos.
As mãos transpiram mesmo no frio.
E por falar em frio, o estomago sente um frio que vem sei lá de onde e joga ele lá na espinha.
As pernas amolecem de tal forma que parecem envelhecer.
Até que o sujeito, e a sujeita, se dão conta de que estão apaixonados.
Aí todas as partes enlouquecem,
Você me ama o suficiente a ponto de morrer por mim?
Eu morreria para te proteger.
Você seria capaz de se jogar do alto de um edifício por amor a mim?
Saltaria de um avião em pleno vôo se preciso fosse.
Você se jogaria na frente de carro por mim?
Parava um trem.
Então se joga pela janela.
Mas eu não morreria para provar amor algum.
